Medicamentos: Oposição defende venda de unidoses
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Medicamentos: Oposição defende venda de unidoses
PSD, BE e PCP concordam com a comercialização generalizada de medicamentos por unidose, que será defendida esta quarta-feira no Parlamento pelo CDS-PP, mas o Governo compromete-se apenas com a sua dispensa em farmácias hospitalares de venda ao público.
Um projecto de resolução do CDS-PP, que será hoje discutido em plenário e chumbado pelo PS, propõe mecanismos de redução do desperdicío de medicamentos mediante a generalização da prescrição por Denominação Comum Internacional e da dispensa, no ambulatório, de fármacos em dose unitária (unidose).
Actualmente, a venda de medicamentos por doses, em alternativa às embalagens, é feita exclusivamente nas farmácias de uso hospitalar.
Para a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, «é inconcebível que, por falta de vontade política, uma medida justa que não penaliza ninguém e permite poupar dinheiro ao Estado e aos utentes» continue por concretizar.
«Se os médicos passassem a prescrever em unidose seria um sucesso a todos os níveis: os consumidores só comprariam os medicamentos de que precisam e o Estado só comparticiparia o estritamente necessário para a cura», sustentou.
O CDS-PP pretende que seja ainda generalizada a prescrição de medicamentos por Denominação Comum Internacional, ou seja, em função da substância activa e não da marca, que, considera, «não é necessariamente o melhor».
Apesar de concordar com a medida, o PSD faz depender a generalização da venda de medicamentos em unidoses da salvaguarda da segurança e informação dos doentes.
«No internamento hospitalar, a dose individual é administrada por um enfermeiro, enquanto no ambulatório a administração é feita pelo próprio doente», apontou a deputada social-democrata Ana Manso.
Já para o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, a dispensa de fármacos em unidoses «é um compromisso antigo que está por concretizar» face à «subserviência aos interesses da venda de medicamentos em excesso», protagonizados pela indústria farmacêutica.
Aproveitando o debate da proposta do CDS-PP, com a qual concorda «genericamente», o Bloco de Esquerda quer saber «quais são as razões políticas que explicam por que estas medidas não têm efectividade em termos práticos», adiantou à Lusa o deputado João Semedo.
O deputado do PS Manuel Bizarro considerou a proposta dos democratas-cristãos «pura demagogia», já que, antes de «generalizar» a venda de medicamentos em unidose, «convém experimentar e avaliar os resultados».
Fonte do gabinete do ministro da Saúde, que estará ausente do debate, adiantou que está prevista para breve a dispensa de medicamentos em doses individualizadas em farmácias de venda ao público nos hospitais, cuja regulamentação está a ser preparada.
Diário Digital / Lusa
23-01-2008 7:08:00
Um projecto de resolução do CDS-PP, que será hoje discutido em plenário e chumbado pelo PS, propõe mecanismos de redução do desperdicío de medicamentos mediante a generalização da prescrição por Denominação Comum Internacional e da dispensa, no ambulatório, de fármacos em dose unitária (unidose).
Actualmente, a venda de medicamentos por doses, em alternativa às embalagens, é feita exclusivamente nas farmácias de uso hospitalar.
Para a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, «é inconcebível que, por falta de vontade política, uma medida justa que não penaliza ninguém e permite poupar dinheiro ao Estado e aos utentes» continue por concretizar.
«Se os médicos passassem a prescrever em unidose seria um sucesso a todos os níveis: os consumidores só comprariam os medicamentos de que precisam e o Estado só comparticiparia o estritamente necessário para a cura», sustentou.
O CDS-PP pretende que seja ainda generalizada a prescrição de medicamentos por Denominação Comum Internacional, ou seja, em função da substância activa e não da marca, que, considera, «não é necessariamente o melhor».
Apesar de concordar com a medida, o PSD faz depender a generalização da venda de medicamentos em unidoses da salvaguarda da segurança e informação dos doentes.
«No internamento hospitalar, a dose individual é administrada por um enfermeiro, enquanto no ambulatório a administração é feita pelo próprio doente», apontou a deputada social-democrata Ana Manso.
Já para o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, a dispensa de fármacos em unidoses «é um compromisso antigo que está por concretizar» face à «subserviência aos interesses da venda de medicamentos em excesso», protagonizados pela indústria farmacêutica.
Aproveitando o debate da proposta do CDS-PP, com a qual concorda «genericamente», o Bloco de Esquerda quer saber «quais são as razões políticas que explicam por que estas medidas não têm efectividade em termos práticos», adiantou à Lusa o deputado João Semedo.
O deputado do PS Manuel Bizarro considerou a proposta dos democratas-cristãos «pura demagogia», já que, antes de «generalizar» a venda de medicamentos em unidose, «convém experimentar e avaliar os resultados».
Fonte do gabinete do ministro da Saúde, que estará ausente do debate, adiantou que está prevista para breve a dispensa de medicamentos em doses individualizadas em farmácias de venda ao público nos hospitais, cuja regulamentação está a ser preparada.
Diário Digital / Lusa
23-01-2008 7:08:00
Admin- Admin
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Re: Medicamentos: Oposição defende venda de unidoses
Bem, aqui no Hospital de Viseu já funciona assim. Há muito menos desperdício de medicamentos, uma vez que alguns que eram menos utilizados, muitas vezes chegavam a passar da validade e iam para o lixo. Por outro lado, às vezes há necessidade de se administrar algo a um doente de urgência e não se tem, porque só leva o que está prescrito. Mas para o domicilio não sei como vai funcionar, sei que cá em casa tenho coisas que uso mais (paracetamol e ibuprofeno) e que dá sempre jeito ter, e não passa da validade com tanta facilidade, mas há outras coisas (por exemplo o Ventilan 4mg, 60 comprimidos) que uso pra aí uma ou duas vezes por ano, e tomo apenas 3 ou 4 comprimidos, e aí quando dou conta já tem passado da validade e é um desperdício enorme de medicação e de dinheiro.
Maggie- Moderadora
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