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Dor crónica afecta 30% dos portugueses, afirma especialista

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novo Dor crónica afecta 30% dos portugueses, afirma especialista

Mensagem por Admin Dom Jun 15, 2008 9:59 am

Trinta por cento dos portugueses padece de dor crónica, revelou hoje no Funchal o professor Castro Lopes, coordenador do "Estudo da Prevalência da Dor Crónica na População Portuguesa" elaborado pela Faculdade de Medicina do Porto.

Em declarações à Agência Lusa e a propósito do "IX Forum de Dor das Ilhas Atlânticas (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde)", Castro Lopes realçou que essa percentagem "equivale a cerca de três milhões de portugueses".
"Esta é ainda a primeira fase de lançamento de resultados, ainda vamos ter meses para os analisar mas a principal conclusão é que cerca de 30 por cento dos portugueses têm dor crónica (dor várias vezes por mês durante pelo menos seis meses) e 14 por cento dor moderada a grave", especificou.
O estudo permitiu verificar ainda que, à semelhança do que se passa nos países desenvolvidos, "a principal causa da dor crónica são as lombalgias, outros problemas osteo-articulares, as cefaleias, os traumatismos, a dor crónica pós-cirúrgica enquanto que o cancro representa apenas 1 por cento da dor crónica", acrescentou o coordenador do estudo. Apontou ainda como relevante a conclusão de que "35 por cento dos doentes com dor crónica acham que a sua dor não está bem controlada e, portanto, não estão contentes com o tratamento. A maior parte diz que os mediamentos não são eficazes ou que os médicos não dão a devida atenção à dor que eles têm".
Castro Lopes chama a atenção que aquela investigação "é um estudo de observação da situação" pelo que não aponta soluções: "a ministra da Saúde aprovou um novo programa nacional contra a dor e era importantíssimo nós sabermos como é que estamos nesta altura para, depois, com base no programa que vai ser implementado, vermos se vamos
conseguir melhorar estes indicadores".
O Estudo, que decorreu entre Fevereiro de 2007 e Maio de 2008, foi elaborado por um grupo de investigação da Faculdade de Medicina do Porto com o patrocínio de três empresas da indústria farmacêutica.
O Estudo incluiu todo o país incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e no seu âmbito foram feitas 6.700 entrevistas a indivíduos maiores de 18 anos, residentes no continente e ilhas com telefone fixo, das quais 5.100 foram validadas.
O IX Fórum da Dor reúne até sábado no Funchal várias dezenas de médicos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde, numa organização da Unidade Multidisciplinar Terapêutica da Dor do Hospital Central do Funchal.
O seu responsável, o médico Duarte Correia, disse, por seu lado, à Lusa, que a Unidade teve em 2007 cerca de 18 mil procedimentos que "envolveram técnicas evasivas, consultas, visitas, internados, e o programa hospitalar na comunidade".
"A Unidade de Dor tem um fluxo de doentes extraordinário, tem uma intervenção pautada para aqueles doentes cuja dor é refractária aos tratamentos convencionais", finalizou.
Dor crónica, avanços na dor aguda, a criança e a dor, analgesia no pós-operatório, novos fármacos, técnicas invasivas, anestesia são
alguns dos temas em debate neste Fórum.

Diário Digital / Lusa
12-06-2008 16:54:16
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