Governo escolhe Girabolhos para localização de barragem

Investimento será uma mais-valia para o futuro do Concelho e representa a concretização de um desejo antigo das populações.


O rio Mondego, na freguesia de Girabolhos, Concelho de Seia, foi
apresentado pelo Ministro da Economia como localização de uma das 10
novas barragens a construir em Portugal para cumprir o objectivo de
aumentar a produção de electricidade até 7.000 Megawatts e elevar o
aproveitamento hidrológico para 70 por cento da capacidade do País.
O Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico,
apresentado no dia 4 de Outubro no Museu da Água, em Lisboa, aponta
como localizações para tal efeito Padroselos, Vidago, Daivões, Gouvães,
Fridão, Foz-Tua, Pinhosão, Girabolhos, Alvito e Almourol. Este programa
vai estar em discussão pública durante um mês, até Novembro, altura em
que será, então, consolidado. Refira-se que será já realizada em
Coimbra uma sessão pública sobre o assunto no próximo dia 25 de
Outubro, pelas 11 horas, no Auditório da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro. «Não estamos a fazer um anúncio de
barragens, mas a apresentação de uma proposta que vai estar em
discussão pública durante um mês. Então, depois, o plano será
consolidado», afirmou aos jornalistas o Ministro do Ambiente, Nunes
Correia, à margem da cerimónia de apresentação do referido plano.
Sublinhou também que com este plano pretende-se «inaugurar uma nova
abordagem de planeamento hidráulico». «Não há novidade nestas
localizações, mas na forma como foram seleccionadas», afirmou Nunes
Correia.
Por seu turno, o Ministro da Economia, Manuel Pinho, frisou que o objectivo deste plano é o de alcançar 7.000 Megawatts de energia [em 2020], o que representa 70 por cento do potencial hídrico do País. Pinho afirmou também que com as novas barragens «vamos conseguir produzir energia mais barata».

A selecção dos dez novos projectos foi gizada com base numa lista de 25
locais possíveis – onde se incluíam também o aprovitamento de
Asse-Dasse e Midões –, hierarquizados num plano de avaliação de acordo
com vários critérios, nomeadamente a viabilidade em termos ambientais.
Ou seja, uma das grandes preocupações foi encontrar locais onde se
poderiam construir barragens sem surpresas ambientais que os
inviabilizem ou atrasem na sua execução. Outro dos critérios tomados em
conta na avaliação dos locais foi o seu mérito em termos de potencial
para a produção de energia eléctrica e o seu valor para outras
eventuais utilizações, nomeadamente para fins múltiplos.

A concretização do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial
Hidroeléctrico prevê um investimento total de 1.140 milhões de euros e
um aumento da capacidade hídrica instalada no País em mais 1.100
megawatts (MW).


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