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Hospital de Seia aposta numa unidade de cuidados continuados

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novo Hospital de Seia aposta numa unidade de cuidados continuados

Mensagem por Admin Sex Nov 09, 2007 3:40 am

Construção do novo edifício permite criar mais uma valência que não existe na região.

O Hospital de Nossa Senhora da Assunção, em Seia, vai apostar na criação de uma unidade de cuidados continuados. O anúncio, que responde a um desafio lançado recentemente pelo Ministro da Saúde, foi feito por Eduardo Alves da Silva.

O Presidente do Conselho de Administração do Hospital decidiu convocar os jornalistas para que, e na sequência de uma reunião que decorreu no passado dia 23 de Outubro e que contou com a presença de Inês Guerreiro, coordenadora da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados (UMCCI), e de João Pedro Pimentel, Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, não «haja deturpação» nas informações que venham a ser veiculadas para o exterior, uma vez que, adiantou, «das várias pessoas que estiveram na reunião houve interpretações diferentes».
A reunião em causa serviu, de acordo com Eduardo Silva, «para se averiguar das necessidades da população servida em matéria de cuidados de saúde e da possibilidade de, com o novo edifício, se poder oferecer uma gama mais alargada de Cuidados de Saúde». Uma vez que as populações servidas pelo Hospital, caracterizadas por um envelhecimento crescente, «têm necessidade da prestação de cuidados especializados para os quais
não há alternativas fora do nosso Hospital», uma situação que no Concelho «atinge uma dimensão maior», tendo em conta o número de lares de terceira idade, a UMCCI e o Conselho de Administração, em conjunto com a ARS, vão instalar no novo edifício, actualmente em construção, este novo serviço, atendendo até a que nas enfermarias de Medicina Interna e de Cirurgia ocorrem internamentos de situações de “Agudos”, de “Cuidados de Convalescença”, de “Cuidados de Média Duração e Reabilitação”, de “Cuidados de Média Duração e Manutenção” e ainda de “Cuidados Paliativos”, «situações que requerem a prestação de cuidados especializados e adaptados a cada especificidade, o que não ocorre actualmente, dado se concentram indiferenciadamente nas enfermarias de
Medicina e Cirurgia», sublinhou Eduardo Silva. Refira-se que o actual Programa Funcional, elaborado para o edifício em construção, reproduz a situação actual, mantendo apenas as duas situações de Internamento (Medicina e Cirurgia), «não estando por isso adaptado às necessidades reais da população», refere o Presidente do Conselho de Administração do Hospital. Com a nova filosofia, decorrente da criação da UMCCI, está a haver reconversão em vários hospitais, e como o Hospital de Seia está a construir um novo edifício «é a altura própria para se equacionar o problema», refere, adiantando ainda que o objectivo «é adaptar o funcionamento do Hospital às reais necessidades da população, prestando um serviço em função da procura». Apesar da criação da valência de Cuidados Continuados nas vertentes de “Cuidados de Convalescença” (duração previsível até 30 dias) e “Cuidados Paliativos”, Eduardo Silva garante que o Hospital «mantém» as actuais valências de Medicina Interna e Cirurgia, que irão ser objecto de uma nova distribuição das enfermarias e camas pelas quatro valências.

Novo serviço de urgência até ao final do ano

Outra das novidades avançadas é a «implantação integral» do Serviço de
Urgência Básica «até ao final do ano», uma situação que já estava prevista no estudo de reformulação da Rede de Urgências, que passa a disponibilizar dois médicos e laboratórios a funcionar 24 horas por dia. O Hospital vai também proceder a um «reforço da Cirurgia de Ambulatório» nas várias especialidades, incluindo oftalmologia, principalmente a cirurgia das cataratas. O Serviço de Medicina Física e Reabilitação vai também ser reforçado, por virtude das novas valências a introduzir. Para Eduardo Silva, as decisões tomadas «respondem melhor às reais necessidades dos doentes
que a nós recorrem, já que, em vez de estarem concentrados nos dois internamentos de “agudos” que agora temos, serão devidamente enquadrados no tipo de internamento que mais se adequa à sua situação clínica». Sublinha que as mudanças são também um desafio para os profissionais, o «que requer alguma especialização e alguma polivalência».


Cuidados continuados destinam-se a pessoas em situação de dependência

Saliente-se que durante a inauguração de uma Unidade de Convalescença na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, o Ministro da Saúde, Correia de Campos, definiu como objectivo aumentar o número de camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde das actuais 2.000 para 5.000, meta a atingir até ao final de 2008.
Por sua vez, Inês Guerreiro, coordenadora da UMCCI, que acompanhava o
Ministro nessa cerimónia, referiu que até ao final deste ano já estarão em funcionamento 2.700 camas para cuidados continuados. Inês Guerreiro referiu que existem actualmente cinco unidades de convalescença integradas nos hospitais de Serpa, Évora, Cantanhede, Valongo e Matosinhos, tendo ainda sido criadas nos últimos seis meses duas unidades de cuidados paliativos. A coordenadora da UMCCI referiu ainda que as próximas unidades a ser criadas situar-se-ão nos hospitais de Seia, Fundão, Ovar e Espinho, com diferentes especializações.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde foi criada
pelo Conselho de Ministros a 16 de Março de 2006, no âmbito dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade Social, tendo
como objectivo geral a prestação de cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de
dependência. É constituída por unidades e equipas de cuidados continuados de saúde, e ou apoio social, e de cuidados e acções paliativas, com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo hospitais, centros de saúde e serviços distritais e locais.

Cuidados Continuados Integrados são o conjunto de intervenções sequenciais de saúde ou apoio social – decorrentes da avaliação conjunta das entidades de saúde ou da segurança social – que visam promover a autonomia e a funcionalidade dos cidadãos em situação de dependência através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.

Fonte: portadaestrela.com
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